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Viagens, momentos e histórias pelo mundo afora.

Acabei de voltar de Viena, na Áustria, e estou super animada para compartilhar um pouquinho sobre essa cidade encantadora e super elegante.

Foram cinco dias explorando os principais pontos turísticos da capital austríaca, caminhando sem destino pelas ruas da cidade e provando alguns pratos típicos. O clima em Viena estava ensolarado e quente, bem propício para atividades ao ar livre e ótimo para tirar fotos mais nítidas e coloridas. A verdade é que eu ADORO um calor, haha!

Vou citar aqui somente os lugares que visitei, na sua grande maioria as principais atrações turísticas de Viena.

Schloss Schönbrunn (Palácio de Schönbrunn): Provavelmente a atração mais visitada e uma das mais incríveis. O impressionante complexo de palácios e jardins do Schönbrunn possui um total de 1.441 quartos, 45 dos quais podem ser visitados. Criado a partir de 1696 e reconstruído sob os cuidados de Maria Theresa depois de 1743, o local foi a antiga residência de verão dos Habsburgos e foi palco de importantes reuniões e decisões politicas como o Congresso de Viena em 1814/1815. 

Inúmeras figuras influentes na politica, na economia, na cultura, e no âmbito das artes, passaram pelo Palácio. Entre eles, Mozart, que fez música no salão espelhado do Palácio, Napoleão, que realizou conferências no local, e o imperador Carlos I, que assinou sua renúncia ao governo, e como consequência o fim da monarquia. 

Devido a sua importância cultural e histórica, o Palácio de Schönbrunn se tornou Patrimônio Mundial da UNESCO.

Existem diferentes tipos de ingresso e os preços variam de acordo com o limite de acesso que cada categoria oferece. Eu achei os valores caros, mas valeu a pena a visita.

Palácio Belvedere: O Belvedere é um complexo de edifícios históricos em Viena, dividido entre o Belvedere Superior e Inferior. O local foi um dos primeiros museus públicos do mundo e continua a encantar turistas e residentes com seu charme barroco, seus jardins floridos e coloridos. Encontrei alguns amigos no local e passamos algumas horas sentados no jardim conversando. Acabou não dando tempo de entrar e conhecer em detalhes o Palácio. Ficará pra uma próxima viagem :). 

Palácio Imperial de Hofburg: Até 1918, o complexo palaciano, situado no coração de Viena, era o centro político da monarquia dos Habsburgo. Atualmente, o local abriga o gabinete do presidente da Áustria e os escritórios dos ministros e dos secretários de Estado. No Hofburg encontramos também a Biblioteca Nacional Austríaca, a Escola Espanhola de Equitação, e o Museu de Sisi. O Museu é um dos mais populares em Viena e conta em detalhes a vida da famosa Imperatriz Elizabeth, conhecida principalmente pela preocupação excessiva com sua aparência.

Donauturm  (Torre do Danúbio): Considerado o monumento mais alto da Áustria, a Torre proporciona uma vista panorâmica de Viena e foi uma das atrações que mais gostei. Por sorte, o dia estava bem ensolarado, por isso, foi possível ver a cidade inteira lá do alto e perceber ainda mais como Viena é linda. Infelizmente, o restaurante no topo da Torre estava fechado e só voltaria a funcionar no dia seguinte. Aliás, vale ressaltar que o horário de funcionamento de vários restaurantes passou a ser de quarta à domingo devido a pandemia, então, procure ligar e se certificar que o local está funcionando para não perder viagem.

Catedral de St. Stephen: Essa Catedral começou a ser construída em 1137 e foi consagrada pela primeira vez em 1147. O local passou por várias reformas com o passar dos anos devido à guerras e conflitos que culminaram em destruição parcial da Catedral. Após ser incendiada no final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, a St. Stephen reabriu novamente em 1952 e desde então tem sido uma das maiores atrações de Viena.

Peterskirche: A Igreja St. Peter foi construída entre 1701 e 1733 e fica localizada na Petersplatz, bem pertinho da Catedral de St. Stephen. Entrei totalmente sem expectativa e fiquei surpresa com a beleza da igreja, que é uma das mais lindas construções religiosas barrocas de Viena. No dia que visitei a igreja, eles estacam promovendo um evento com música clássica que aconteceria naquela tarde. Infelizmente, não deu tempo de participar, mas vale a pena conferir as programações musicais que acontecem nas igrejas e catedrais ao redor da cidade.

Volksgarten: O Jardim de Volksgarten, inaugurado em 1823, é um dos jardins mais lindos que conheci em Viena. Situado ao lado dos edifícios Heldenplatz e Hofburg, no centro da cidade, o local possui uma variedade de roseiras, flores variadas e árvores para todos os lados. Os banquinhos espalhados pelo Jardim são um convite para sentar, descansar e simplesmente apreciar a beleza e a atmosfera relaxante do local. O Volksgarten possui também um monumento dedicado a famosa Imperatriz Sisi e uma réplica do templo grego Theseion conhecido como Theseustempel, projetado por Peter von Nobile. 

Haus der Musik (Casa da Música): Essa foi uma das primeiras atrações que conheci em Viena. O local foi residência de Otto Nicolai (1810 – 1849), que compôs a ópera “As Alegres Esposas de Windsor” e fundou os concertos da Filarmônica de Viena.
Apesar de não gostar particularmente de música clássica, achei o House of Music interativo e inovador. Além dos aspectos históricos, o Museu oferece jogos musicais interativos enfatizando a produção sonora natural e eletrônica de forma digital. Um dos que mais gostei foi um jogo interativo de simulação onde o visitante tem a oportunidade de reger a Orquestra Filarmônica da Áustria virtualmente. Confesso que não me sai tão bem quanto gostaria, mas valeu a experiência ;).

Museu de Arte e História: Para quem gosta de arte, esse museu é incrível. Construído em 1891, o museu fica perto do Palácio Imperial e abriga várias coleções da família imperial, além de possuir a maior coleção de Bruegel do mundo. Se puder, aproveite também para fazer uma pausa no Café-Restaurante do Museu. O Café fica bem na entrada das salas de arte e possui uma atmosfera elegante e convidativa.

Outlet Parndorf: Nem sei porquê deixei o Outlet como ultima atração, deveria ter sido a primeira de tão maravilhosa, haha. O complexo abriga uma gama de lojas de grife e marcas mais populares com preços incríveis. Por exemplo, encontrei roupas e sapatos na loja da Michael Kors por 70/80 euros e bolsas à partir de 99 euros. Passei a manhã no Outlet e segui estrada para Bratislava, mas esse será um outro post. Super recomendo esse Outlet se você estiver procurando um lugar para fazer compras em Viena.

Esses foram alguns dos principais lugares que conheci em Viena. No próximos post , darei algumas dicas de cafés e restaurantes na capital austríaca. Até lá!

Bruxelas é uma cidade relativamente grande e cheia de atrações turísticas e atividades variadas para turistas e residentes.

Hoje escolhi sete das minhas favoritas atrações na capital belga:

Grand-Place & Town Hall: A Grand-Place (Grande Praça) é o centro histórico de Bruxelas e um dos lugares mais visitados na capital belga. O local preserva palácios imponentes de diferentes estilos, incluindo o estilo barroco, gótico e neoclássico. A construção da Praça começou no século XV. Em 1695, o local foi bombardeado por três dias consecutivos pelo exército francês e foi quase completamente destruído, mas conseguiu se reerguer novamente em menos de cinco anos.

Um dos palácios mais importantes na Grand-Place é o Town Hall, construído no século XV. Com um estilo gótico, a torre possui mais de 90m de altura e é coroada com o arcanjo São Michel, o santo padroeiro da cidade de Bruxelas. É o único edifício medieval remanescente da Grand-Place e é considerado uma obra-prima da arquitetura gótica.

A Grand-Place é sem dúvida um marco tanto para turistas como para residentes belgas que visitam o local.

Manneken-Pis: Bem pertinho da Grand-Place, encontramos o famoso e legendário Manneken-Pis, a figura de uma criança urinando em uma fonte. A pequena estátua possui pouco mais de 50cm mas é uma das maiores atrações turísticas de Bruxelas e símbolo da capital belga. A estatueta do Manneken-Pis possui seu próprio guarda-roupa, por isso, é possível vê-lo vestido com diferentes vestimentas durante o ano inteiro. Acho chique, haha!

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Mont des Arts (Monte das Artes): O jardim do Monte das Artes é um dos lugares mais emblemáticos de Bruxelas e oferece uma vista panorâmica da cidade. Criado por Jules Vacherot, a pedido do rei Leopold II, o local também engloba a Biblioteca Real da Bélgica e os Arquivos Gerais do Reino. O Monte das Artes situa-se no centro de Bruxelas, próximo à várias atrações turísticas, incluindo a Grand-Place e museus como o Museu de Instrumentos Musicais, o BELvue, e o Palácio de Coudenberg.

O Jardim é lindo e sem dúvida uma atração imperdível!

Atomium: O Atomium foi um dos primeiros lugares que conheci quando me mudei para Bruxelas. A imponente estrutura foi construída para a primeira exposição mundial universal do pós-guerra (EXPO 58). As nove esferas representam um cristal de ferro ampliado 165 bilhões de vezes. Eles representam a fé que se tinha no poder da ciência e, além disso, no poder nuclear. Vale a pena comprar ingresso e subir no alto da estrutura. Além da vista privilegiada, é possível saber mais sobre a história  do Atomium e explorar ainda algumas exposições de arte e outras atrações dentro do local.

Parque du Cinquantenaire: Um dos principais parques de Bruxelas, o Parque du Cinquantenaire reúne um conjunto de jardins e museus, incluindo o Museu Real das Forças Armadas e da História Militar, os Museus Reais de Arte e História e à Autoworld. O local foi construído em 1880 para o 50º aniversário da independência da Bélgica e é palco de inúmeras atividades culturais e artísticas ao longo do ano. Um lugar excelente para fazer uma bela caminhada ou um picnic com os amigos.

Parlamento Europeu: Bruxelas é o coração da politica Européia e abriga as instituições européias de maior relevância na atualidade, incluindo a Comissão Européia, o Parlamento e o Conselho Europeu.

O Parlamentarium, maior centro de visitantes parlamentar da Europa, é aberto ao público e super interessante pra quem se interessa por assuntos relacionados à União Européia. O local dispõe de guias multimédia portáteis em qualquer uma das línguas oficiais da União Européia (UE). Entender melhor as atividades da UE, aprender como funcionam as dinâmicas da instituição e o processo de decisão política é uma oportunidade única.

Pra quem se interessar, o Parlamentarium fica aberto todos os dias da semana e a entrada é gratuita.

Place Sainte-Catherine: Eu acho esse lugar um charme e adoro passear aos redores da Praça Santa Catarina, principalmente no verão, seja simplesmente para caminhar, tomar um sorvete, comprar produtos naturais nas lojas especializadas, ou jantar em boa companhia. O local reúne uma série de bares e restaurantes deliciosos para diferentes gostos e transmite uma atmosfera descontraída e elegante ao mesmo tempo. Durante os meses mais quentes, é possível ver jovens e adultos sentados na beira do lago conversando, observando o movimento ou apreciando a vista.

A área é provavelmente mais conhecida entre residentes do que entre turistas mas é uma excelente escolha para tomar um drink ou jantar.

Em dezembro, a Praça fica bem movimentada com o mercado de natal.

Bom, é isso, espero que tenham gostado das dicas. Até o próximo post :).

Bom dia pessoas queridas!

Com os acontecimentos das últimas semanas, nossa rotina e planos mudaram drasticamente. Estamos confinados dentro de casa, sem poder sair para encontrar os amigos e a familia, viajar ou voltar para o nosso local de trabalho.
Esse é também um momento de reflexão, de silenciar um pouco o volume das nossas atividades diárias, de passar mais tempo com aqueles que amamos e repensar nossas prioridades.

Esse final de semana aproveitei o tempo ensolarado em Bruxelas pra dar uma volta no parque perto de casa. Com um bloquinho de papel e uma caneta na mão, sentei no banco do parque e comecei a escrever um poema. Cercada por um longo jardim, observei as árvores, as flores desabrochando, os pássaros cantando, e o poder natural de transformação da natureza. Talvez, agora mais que nunca, a natureza tenha a oportunidade de florescer e simplesmente ser.

Esse poema reflete o desenvolver do ciclo natural da natureza e o isolamento que estamos vivendo no mundo.

A natureza floresce
Em paz canta sua liberdade
O adeus se despede
Em tom de igualdade

A natureza floresce
O mundo se cala
O coração esmorece
Mas a esperança acalma

A natureza floresce
Percebe que algo mudou
Papéis se invertem
O medo nos aprisionou

A natureza floresce
Desabrocha, enfloresce
Confinado a incertezas
O homem enlanguesce

A natureza floresce
Inerte, esperamos o tempo
A fé enfraquece
Mas eu continuo crendo

A natureza floresce
Em vão procuramos respostas
A instabilidade cresce
Façamos nossa contraproposta

A natureza floresce
A primavera chegou
Talvez enfim entendamos
Que da vida o que levamos é o amor.

Não sei quando e como sairemos dessa crise do COVID-19, mas peço a Deus que possamos nos reerguer e retomar de onde paramos, com mais sabedoria, novas perspectivas e novos horizontes.

Vale a pena continuar morando no exterior? Na minha opinião, não existe uma resposta concreta à essa pergunta. O que existe são necessidades que mudam, sonhos que se transformam e ciclos que se concluem. Tudo depende da fase atual em que nos encontramos, de como nos sentimos e do que projetamos para o nosso futuro.

Passar um tempo fora é uma experiência maravilhosa e enriquecedora em todos os sentidos, mas até que ponto vale a pena continuar fora do país? Até que ponto uma carreira internacional compensa a contínua falta do convívio familiar? Essa é uma reflexão complexa e nem sempre encontramos resposta. E quando a encontramos, nem sempre conseguimos transformá-la em ação.

Cada pessoa tem o seu tempo e certas decisões não dependem exclusivamente da nossa vontade mas de um conjunto de elementos que influenciam diretamente em nossas escolhas. Alguém que saiu do país para trabalhar e acabou formando familia no exterior, certamente terá que considerar todos os fatores à sua volta antes de decidir voltar ou não ao país de origem. Outros, construíram uma carreira brilhante fora do país e, ainda que sintam saudades da familia e da terra natal, já se estabilizaram e não estão dispostos a largar tudo novamente pra recomeçar em outro lugar. Alguns, prezando pela segurança e bem estar de seu familia, preferem a solidão do exterior ao aconchego menos seguro do país onde nasceram.

Com o passar dos anos nosso foco de vida muda e as fases também. Durante essas transições, sentimos mais necessidade de algumas coisas e menos de outras. Nessas horas é importante parar pra se ouvir, se conectar com quem somos e entender o que queremos, o que nos faz feliz.

Eu sempre adorei a vida internacional mas no final do ano passado comecei a refletir sobre minha jornada no exterior, objetivos alcançados e metas futuras. Pela primeira vez, em 14 anos, considerei a possiblidade de voltar para o Brasil. Se de fato isso vai acontecer somente o tempo dirá.

A verdade é que criamos raízes, fazemos novas amizades, começamos novos relacionamentos, nos adaptamos à cultura e a realidade do novo país, e quando percebemos, aquele lugar que antes nos era estranho, agora se tornou nossa casa.

Sair do país é uma decisão difícil mas voltar ao país de origem é uma decisão ainda mais desafiadora. Deixar tudo que foi construído para trás é uma missão árdua e corajosa mas que também pode ser libertadora se seu coração te chama de volta pra casa.

 

Bruxelas pode ser uma cidade super interessante ou pacata dependendo dos seus interesses e estilo de vida. Na minha opinião, a capital belga oferece uma variedade de opções em todas as áreas, incluindo vida acadêmica, profissional e entretenimento para as horas de lazer.

Baseado nas minhas experiências morando aqui há pouco mais de um ano, as seis maiores vantagens de morar em Bruxelas são:

  1. A cidade é cosmopolita e abriga pessoas do mundo inteiro. Quase todos os países do mundo estão representados em Bruxelas e é comum encontrarmos pessoas de outras nacionalidades espalhadas pela cidade. Alguns bairros concentram um número maior de moradores de uma determinada nacionalidade.
  2. Localizada no coração da Europa. Viajar de Bruxelas pra outro país europeu é incrivelmente fácil e barato. Por exemplo, o trem de Bruxelas – Paris / Bruxelas – Londres / Bruxelas – Amsterdam dura somente duas horas. Pra quem não gosta de viajar de avião, poder viajar de trem para outros países em apenas duas horas é um sonho. Existe também a opção de ir de ônibus. A viagem se torna um pouco mais longa, cerca de quatro ao invés de duas horas dependendo do destino. Existem passagens de ônibus super baratas pela FlixBus. Vale a pena dar uma conferida no site deles.
  3. Por falar em viajar de trem, a Bélgica oferece 50% de desconto nas passagens de trem nos finais de semana para qualquer destino dentro do país. Essa iniciativa incentiva o turismo interno e é uma ótima opção pra quem quer economizar.
  4. O francês e o neerlandês são as línguas oficiais da Bélgica, por isso, é possível aprender dois idiomas morando em um único país.
  5. Bruxelas é a cidade ideal para quem estuda ou trabalha na área de foreign policy, relações internacionais, política européia, direito internacional, ou assuntos relacionados à Europa de moro geral. Aqui estão a sede de importantes organizações e agências da União Européia (UE) como a Comissão Européia, o Conselho Europeu e Conselho da UE, e o Parlamento Europeu. Além disso, Bruxelas é a cidade sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), organização militar e política fundada em 1949 baseada em um sistema de defesa coletiva.
  6. Os chocolates e os waffles belga são MARAVILHOSOS, de engordar qualquer pessoa com boa genética, haha! Bom, se você não é chocólatra, as batatas fritas e as cervejas belgas são conhecidas como as melhores do mundo. Nunca provei as cervejas porque não bebo, mas ouvi dizer que são realmente boas.

Bruxelas me surpreendeu positivamente e até aqui posso dizer que o saldo foi muito mais positivo que negativo.  E você, conhece ou já morou em Bruxelas? O que achou da cidade? Deixe aqui seu comentário!