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Viagens, momentos e histórias pelo mundo afora.

 

Numa tarde de terça-feira, durante uma conversa com um colega de trabalho, ele me sugeriu visitar um lugar chamado Villers-la-Ville, na região de Valônia, na Bélgica. Algumas semanas depois, tive a chance de visitar o local e adorei!

Um pouco da história do local

A primeira abadia, construção religiosa que abriga a comunidade monástica, foi construída em Villers no ano de 1146. Em 1197, iniciou-se um novo projeto de construção de uma nova abadia, em estilo gótica, que levou mais de 100 anos para ser construída. Durante este período, os quase 400 monges da comunidade possuíam quase 10.000 hectares de terra, que se estendiam até Antuérpia.

O século XVIII foi a segunda época de ouro da Abadia com edifícios medievais reconstruídos em estilo neoclássico. Nesse mesmo período, o Palácio do Abade e seus jardins foram construídos. Com a revolução francesa, as abadias foram saqueadas, vendidas e destruídas. O pouco que restou ficou em ruínas.

Em 1972, as ruínas foram classificadas como um local e monumento histórico e em 1992, a Abadia foi classificada como parte do excepcional patrimônio da Valônia, que hoje atrai turistas do mundo todo.

Uma tarde em Villers-la-Ville

Chegamos em Villers-la-Ville logo depois do almoço, tomamos um café e passamos o resto da tarde caminhando pelas ruínas.
Saindo do restaurante/cafeteria localizado ao lado da Abadia, encontramos uma timeline de toda a história do lugar. Em seguida, entramos pelas ruínas e visitamos todo o complexo, incluindo os jardins de ervas medicinais e os jardins Abbot’s Garden e o Monks’ Garden.

Nosso passeio durou cerca de 3h, o suficiente pra me encantar com Villers-la-Ville. O local traz uma paz e uma tranquilidade sem igual, ideal pra quem procura uma atividade mais relaxante ou algo mais cultural e histórico. Voltei pra casa com a sensação de missão cumprida e com a certeza de que a Bélgica oferece inúmeras opções de lugares lindos e interessantes a serem explorados.

E você, conhece Villers-la-Ville? O que achou do lugar? Deixe seu comentário aqui abaixo :).

 

 

Durante minha viagem à Barcelona, tive a oportunidade de visitar Tossa de Mar, um pequeno vilarejo na região da Costa Brava – litoral da Catalunha, na Espanha. Foi um passeio espontâneo, na verdade eu nem sabia exatamente onde estávamos indo, confiei na escolha dos meus amigos locais e fomos nos aventurar. Saímos de Barcelona por volta das 9h00 da manhã (de carro) e chegamos em Tossa de Mar umas 10h30. Nossa primeira parada foi em Cala Bona, localizada a 3 km ao norte da cidade. O local é tão escondido, que quando estacionamos o carro no pé da estrada, achei que tivessem parado pra me mostrar algo ou tirar foto da paisagem. Pra minha surpresa, havíamos chegado no nosso primeiro destino. Descemos a pé uma trilha de terra no meio da montanha que nos levaria até a praia.

Passamos a manhã e o começo da tarde em Cala Bona, desfrutando de um ambiente intimista, relaxante, simples e paradisíaco. A água cristalina e o azul intenso do mar traziam um sentimento de calmaria e tranquilidade. Apesar das belezas naturais, é importante ressaltar:

  • De preferência, leve seu lanche/almoço porque o local dispõe somente de um pequeno kiosk que nem sempre tem mesas disponíveis ou servem comida. Foi o que aconteceu conosco. Estávamos com fome, mas nos disseram que todas as mesas já estavam reservadas e, por isso, poderíamos comprar somente bebidas ou pequenos petiscos como chips. Por sorte, meus amigos saíram de casa preparados com lanches e salada na bolsa, que bastavam pra todos nós.
  • Existe uma espécie de cabine minúscula (cabe 1 pessoa por vez) perto do kiosk que serve como banheiro. É algo meio improvisado e pouco limpo. Se não for urgente, aconselho esperar chegar na cidade e usar um banheiro mais bem estruturado e higiênico.
  • Vá de tênis, pois descer a trilhar requer um calçado estável e confortável.
  • É comum as mulheres fazerem topless nessa praia, provavelmente por ser um local mais escondido e privado. Então, se isso de alguma forma te incomoda, talvez essa não seja uma boa opção de praia pra você.

 

 

Por volta das 15h00, pegamos o carro e descemos até o centro de Tossa de Mar. Tossa de Mar é uma cidadela medieval à beira-mar com um ambiente aconchegante e uma beleza encantadora. Caminhamos pelas muralhas medievais, pelas ruelas de pedra e ao redor do castelo, e paramos algumas vezes pra contemplar o mar, as pessoas passeando e toda a beleza que o lugar oferece. O vilarejo também dispõe de várias opções de restaurantes e bares, além de lojinhas e outras atrações. Me apaixonei e me identifiquei muito com o lugar. Se dependesse de mim, teríamos passado o dia inteiro ali.

Terminamos a noite em um restaurante localizado próximo ao castelo e com uma vista privilegiada para o mar. Pegamos o carro e voltamos pra Barcelona tarde da noite, cansados, mas felizes e cheios de memórias incríveis de um passeio inesquecível.

E você, conhece Tossa de Mar? O que achou? Eu amei e super recomendo :).

Até o proximo post.

 

Depois de anos planejando, finalmente a viagem pra Malta aconteceu. Malta é um país localizado no sul da Europa, próximo a região da Sicília, na Itália. O pequeno país é uma ex-colônia britânica com um grande desenvolvimento econômico e grandes belezas naturais. Não é à toa que várias de suas cidades já serviram como cenário para filmes renomados como o Gladiador e séries famosas como Game of Thrones.

Malta é um arquipélago composto por cinco ilhas localizadas no Mar Mediterrâneo, sendo as três maiores ilhas Malta, Comino e Gozo.

Foram 5 dias explorando as principais cidades e atrações, que incluem Valletta, Sliema, Mdina e a Lagoa Azul. Gostei muito de cada lugar que visitamos e é sobre isso que vamos falar hoje.

Valletta – Capital de Malta e cidade histórica do país. Eu adorei Valletta, achei o lugar charmoso, intrigante e tranquilo. As principais atrações turísticas são a famosa Concatedral de São Paulo, o Forte de São Telmo, o Museu Nacional de Arqueologia, o Palácio do Grão-Mestre, os jardins do Upper Barrakka e Lower Barrakka, o Teatro Manoel, e Malta 5D – que conta a história do país em 5D.

Sliema – Situada entre Valletta e São Julião, Sliema é uma cidadezinha de praia que oferece várias opções de hotéis, lojas, bares e restaurants. Atualmente uma das áreas mais povoadas, a atmofera mais dinâmica e badalada de Sliema atrai turistas do mundo todo. Vale ressaltar que as praias não são de areia, mas rochosas.

De Sliema é possível pegar o barco até a Lagoa Azul, em Comino. O trajeto dura cerca de 30 minutos.
DICA: Se você tem um temperamento mais aventureiro e destemido, escolha sentar na parte da frente do barco (o barco pula bastante devido a velocidade e as ondas). Se você preferir algo mais calmo, escolha sentar na parte traseira onde você sentirá menos o impacto.

Lagoa Azul (Blue Lagoon) – Um lugar paradisíaco com águas azuis e cristalinas – coisa de filme ou de cartão postal!! Localizada na ilha de Comino, esse foi um dos meus passeios favoritos e é sem dúvida uma atração imperdível. É possível alugar cadeiras e sombrinhas de praia pra se proteger do sol, mas não existem muitos lugares pra sentar, tudo em volta são formações rochosas. As opções de comida também são poucas, então, sugiro levar alguma coisa pra comer se possível.

Mdina – Fãs de Game of Thrones provavelmente já ouviram falar de Mdina, o local onde foram feitas algumas das cenas da série. A antiga capital de Malta tem uma história que remonta mais de 4.000 anos. O lugar, que mais parece uma pequena vila fortificada, proporciona uma atmosfera medieval com ruas de paralelepípedos e construções de cores arenosas. Mdina é pequena e em poucas horas é possível visitor todo o local. Algumas das principais atrações incluem a emblemática Catedral de São Paulo, o Palácio de Vilhena, o Palazzo Falson e as impressionantes muralhas que caracterizam Mdina.

Curiosidade: Acredita-se que quando o apóstolo Paulo naufragou em Malta, ele tenha se estabelecido em Mdina.

As Três Cidades – Essas três pequenas cidades são formadas por Senglea, Vittoriosa e Cospicua. Saindo de Valletta, você pode pegar o barco que vai até as Três Cidades. Não sei se existe a opção de ônibus, mas vale a pena se informar caso essa seja a sua preferência. Confesso que as Três Cidades foi o lugar que menos me impressionou, mas gosto é algo muito pessoal. Se você tiver pouco tempo, eu aconselharia priorizar outros lugares ao redor do país. Se tempo não for um problema, se joga e visite TUDO que puder :).

Marsaxlokk – Localizada à beira mar, na região sudeste de Malta, essa pequena vila oferece boas opções de culinária pra quem gosta de peixes e frutos do mar. O mercado de peixes de Marsaxlokk, que acontece aos domingos, é famoso e reconhecido como um dos melhores do país.

 

A culinária maltesa é uma fusão de sabores e influências. Alguns dos pratos tradicionais incluem coelho, torta de peixe, sopa com queijo de cabra ou de ovelha, ftira (tipo de pão), e o pastizzi (massa folhada recheada com ricotta ou ervilhas).

Os idiomas oficiais de Malta são o Maltês e o inglês. Pra quem gosta de sol e mar, Malta é um ótimo destino em praticamente qualquer época do ano, já que o país desfruta de um clima mediterrâneo que oscila entre ameno e quente.

Espero que tenham gostado e até o próximo post :).

Leuven é uma pequena cidade próxima de Bruxelas, na região de Flandres. Leuven aparece em documentos históricos pela primeira vez no ano 884, quando os Vikings se estabeleceram em torno de uma velha fortificação no rio Dijle, chamada “Luvanium” em latim. A cidade passou por inúmeras transformações com o passar dos anos e desde meados dos anos 90, recuperou seu papel de capital do Brabant, título que havia perdido na idade média. A antiga província belga de Brabant foi dividida em duas partes: Brabante Flamengo (com Leuven como capital) e Brabante Valão (com Wavre como capital).

Dependendo dos seus interesses, um dia é suficiente para conhecer Leuven e visitar as principais atrações turísticas. Aqui vão algumas dicas do que fazer na cidade:

  • Igreja de São Pedro: Localizada no centro, a igreja é um exemplo clássico da arquitetura gótica e foi reconhecida como Patrimônio Mundial da UNESCO em 1999. Vale a pena conferir!
  • Stadhuis (Town Hall): Outro exemplo da arquitetura gótica é o icônico edifício da Prefeitura de Leuven. Foram necessários três arquitetos e trinta anos para construí-la. O ‘Hall da Fama’ de Leuven apresenta 235 estátuas, que só foram acrescentadas à fachada depois de 1850. Atualmente, a prefeitura desenvolve um papel cerimonial após a mudança dos serviços administrativos da cidade em 2009.
  • Universidade de Leuven: Uma das mais conceituadas do país, a Universidade foi construída em estilo renascentista e oferece uma visão panorâmica aos visitantes que sobem os degraus até o topo da torre da biblioteca.
  • Cervejaria Stella Artois: Uma das mais populares e conhecidas cervejarias do mundo, se encontra em Leuven. Atualmente, grande parte do processo cervejeiro é automatizado, mas ainda é possível fazer um tour pelas instalações.
  • Passeio a pé pelo centro da cidade, parando para almoçar ou tomar um café em um dos restaurantes/cafeteria do centro.

Leuven é uma cidade pequena e tranquila, mas acolhedora e bonita. Não sei como é a cidade na época do inverno ou outono, mas no verão é muito agradável. Espero que goste e bom passeio :).

Olá pessoal, estive um pouco sumida nesses últimos tempos, mas por um bom motivo. Nos últimos 20 meses tenho trabalhado num projeto de criação de uma plataforma online para pessoas que gaguejam. Muitos não sabem, mas eu cresci com um bloqueio na fala e lidar com a gagueira sempre foi meu maior desafio, algo que eu considerava uma fraqueza, ou pior, um fracasso. Por sorte, minha gagueira nunca foi severa e melhorou bastante com o passar dos anos, ainda assim, me incomodava não ter total controle da fluência da minha fala.

No final de 2019, aceitei a disfluência como parte da minha vida e decidi fazer algo para ajudar outras pessoas que também lidam com os desafios da gagueira diariamente. Assim nasceu o projeto Stuttering Society (Sociedade da Gagueira), uma plataforma informativa e interativa que funciona como uma rede social. Além de conectar pessoas que gaguejam, membros podem receber conselhos profissionais de experts de RH, participar de grupos com base em seus interesses, adicionar outros membros como amigos, enviar mensagens privadas, compartilhar suas histórias e experiências lidando com a gagueira, criar artigos para o blog da Stuttering Society e muito mais.

Confesso que quando comecei não tinha idéia do trabalho que daria construir a plataforma, quanto tempo levaria e o quanto eu aprenderia nesse processo. Encontrar os profissionais certos foi, e continua sendo, um grande desafio. Algumas vezes contratei a pessoa errada e acabei perdendo tempo e dinheiro. Conciliar meu trabalho com o projeto também não foi fácil. Como trabalho de segunda à sexta, tive que encontrar tempo a noite e nos finais de semana para me dedicar ao site, criar conteúdo, enviar revisão do site com as tarefas do dia seguinte, fazer entrevistas com convidados, editar video, responder emails e etc.

Mas todo o esforço valeu a pena. Depois de quase 2 anos trabalhando incessantemente e investindo meus próprios recursos, tenho a alegria de anunciar que Stuttering Society finalmente está no ar! O site está disponível em português, inglês, e francês. Para selecionar a opção Português, basta clicar na opção de idiomas localizada no canto direito da tela, perto do botão de login. 

A plataforma é totalmente dedicada às pessoas que gaguejam, mas é também aberta a todos que se interessam pelo assunto.

Se você conhece alguém que gagueja, compartilhe o link do nosso site https://www.stutteringsociety.com e nos ajude a divulgar a nossa plataforma :).