RaianiSibien

Viagens, momentos e histórias pelo mundo afora.

Hoje completam exatamente dois anos desde que lancei oficialmente a Stuttering Society. Lembro da emoção poucos minutos antes de anunciar que o website estava no ar. Ninguém sabe das noites mal dormidas, o dinheiro investido, os desafios de encontrar bons profissionais, o trabalho em criar conteúdo sozinha, e todo esforço que coloquei nesse projeto enquanto, em paralelo, mantinha (e ainda mantenho) um trabalho integral de segunda à sexta em uma organização internacional. Mas pra que me empenhei tanto em criar a Stuttering Society?

Desde criança percebi que meu ritmo de fala era diferente. As palavras travavam e os bloqueios vinham. Eu sabia exatamente o que queria dizer, mas as palavras simplesmente não fluíam da forma que eu gostaria. A cada bloqueio eu me sentia humilhada, frustrada e derrotada, imaginando o que as pessoas pensariam de mim e me sentindo prisioneira da minha própria fala.

Minha relação com a gagueira era de vergonha e medo. Por muitos anos não ousei mencionar em voz alta a palavra gagueira e fazia o possível pra esconder minha disfluência. Os anos foram passando e os desafios aumentando. Na fase adulta, tive que lidar com apresentações na faculdade e no trabalho, reuniões e outras situações que requeriam uma boa comunicação verbal. Que sufoco! Devido ao fato da minha gagueira ser moderada, poucos sabiam que eu gaguejava e o esforço pra ser fluente era exaustivo e muitas vezes em vão. Aos poucos, comecei a compartilhar com meus professores e alguns amigos mais próximos sobre a minha dificuldade na fala e percebi que as pessoas geralmente não sabem o que, de fato, é a gagueira.

Cansei de esconder minha gagueira e cansei de me esconder atrás dela. Entendi que me aceitar como sou me traria alivio, paz e mais auto confiança. Não que a aceitação seja fácil, é um processo que provavelmente me acompanhará até o final da vida. Além disso, perceber a falta de conhecimento das pessoas sobre o assunto me encorajou ainda mais a querer desmistificar e esclarecer o que é gagueira.

Em 2019, comecei a desenvolver a Stuttering Society, uma plataforma para pessoas que gaguejam, que tem como objetivo ajudá-las no âmbito pessoal e profissional.

No dia 12 de junho de 2021, lancei a Stuttering Society e fui crescendo organicamente. Entrevistei quase 100 pessoas em inglês, português e francês, na esperança de alcançar e ajudar o máximo de pessoas possível. Atualmente, a plataforma conta com mais de 400 membros de vários países e continua crescendo e ajudando pessoas que gaguejam, pais de crianças e adolescentes que gaguejam e levando conscientização pra sociedade como um todo.

Onde quero chegar com a Stuttering Society?

Num futuro não muito distante, gostaria de criar um aplicativo de celular da Stuttering Society para acolher de forma mais ampla as necessidades das pessoas que gaguejam. Ainda é cedo pra compartilhar tudo que tenho em mente, mas estou esperançosa.

Esse é só o começo de um sonho que nasceu com o intuito de ajudar, desmistificar, trazer aceitação e conscientização. E que espera continuar crescendo e se tornando realidade na vida de milhares de pessoas que precisam.

Website: https://www.stutteringsociety.com/pt-pt/

 

Jerusalém é uma das minhas cidades preferidas por diferentes motivos e eu poderia passar dias falando sobre esse lugar tão especial e único no mundo. Há algum tempo, escrevi um post sobre minha experiência em Jerusalém, mas ainda não havia compartilhado sobre as várias atrações que o lugar oferece. E são muitas! Hoje vou citar 10 das minhas favoritas:

Muro das Lamentações – Sem dúvida meu lugar preferido em Jerusalém e umas das atrações mais importantes para turistas e locais. Estar de frente para o Muro das Lamentações é emocionante, uma sensação de paz e serenidade que é difícil colocar em palavras. Perdi as conta de quantas vezes visitei o local durante o período que morei em Israel, mas cada vez parece a primeira. Eu considero o Muro das Lamentações um lugar de entrega, onde me permito ser e estar, fechar os olhos e simplesmente sentir o ambiente me acolher com delicadeza e profundidade.

O Muro das Lamentações é o único remanescente do Segundo Templo de Jerusalém que permanece de pé (516 a.C. – 70 d.C.). O monumento é o símbolo mais importante de Jerusalém e é um dos lugares mais sagrados do judaismo. O Muro é também considerado de grande relevância espiritual para Cristãos do mundo todo.

Todos os dias centenas de judeus e turistas visitam o Muro para depositar seus desejos, colocando papéis com orações e pedidos entre as pedras que formam o Muro. Essa é uma tradição que começou há séculos atrás e que perpetua de geração em geração.

Existe uma cerca que separa as duas zonas de oração do muro: uma dedicada às mulheres e outra aos homens.

DICA: Durante o Shabat (do pôr-do-sol de sexta ao pôr-do-sol de sábado), não é permitido usar nenhum aparelho eletrônico, então, se a sua intenção for tirar foto ou fazer video, é melhor visitar o local durante a semana ou no domingo. O Shabat é dia sagrado para os judeus.

A visita ao Muro das Lamentações é gratuita e aberta a todos independente de religião.

Domo da Rocha – Essa impressionante cúpula dourada se tornou símbolo da história de Jerusalém e é um dos monumentos mais importantes da cidade. O Domo da Rocha, também conhecido como Cúpula da Rocha ou Mesquita de Umar, é o terceiro lugar sagrado do Islã depois de Meca e Medina. Nas duas vezes que estive no local, tive a impressão de que não muçulmanos não são muito bem vindos. Ainda assim, acho que vale a pena a visita.

O local é considerado sagrado também para judeus que acreditam ter sido o local onde Abraão estava prestes a sacrificar seu filho Isaque. Já os muçulmanos, acreditam que esse teria sido o local onde Abraão estava prestes a sacrificar Ismael, seu filho primogênito de origem árabe por parte de mãe.

O Domo fica situado no Monte do Templo (conhecido como Esplanada das Mesquitas), praticamente acima do Muro das Lamentações. Então, minha dica é visitar primeiro o Muro das Lamentações e em seguida subir até o Monte do Templo pra ver o Domo.

Muitas pessoas não têm permissão para entrar no templo, mas é possível visitar o local do Domo em alguns horários durante o dia. Veja abaixo:

De abril a setembro
De domingo a quinta-feira: das 8:30 às 10:30 e das 13:30 às 14:30 horas.
De outubro a março
De domingo a quinta-feira: das 7:30 às 10:30 e de 12:30 à 13:30 horas.
Sextas-feiras e sábados: fechado.

Se não conseguir visitar o local, aproveite ao menos a vista da cúpula durante o pôr-do-sol que é linda!!!

 

Túnel de Ezequias – O Túnel de Ezequias, também conhecido como Túnel de Siloé, é um túnel ou aqueduto escavado na rocha embaixo de Ofel, em Jerusalém, com 533 metros de longitude. Eu acho essa uma das atrações mais divertidas de fazer em Jerusalém e percebo que muitos turistas desconhecem ou excluem o Túnel de Ezequias do roteiro de viagem.

Historicamente falando, o túnel foi construído em 701 a.C., é considerado um dos túneis abertos mais antigos do mundo e descrito por peritos como uma das grandes proezas de engenharia da antiguidade. Realmente impressionante!

Visitar o Túnel de Ezequias é fazer um passeio subterrâneo pelo passado da Cidade Santa e conhecer de perto um pouco do que era a antiga Cidade de Davi. O passeio dura cerca de 40 minutos a 1h e é uma experiência única. A altura da água chega a cerca de 60 centímetros, mais ou menos a altura do joelho, então, aconselho vestir shorts ou uma vestimenta que você possa levantar ou dobrar pra não molhar. Não esqueça também de levar chinelos e uma lanterna pequena (ou utilize a lanterna do celular) pra iluminar o local.

O Túnel fica localizado a poucos minutos a pé do Muro das Lamentações, dentro do Museu Cidade de Davi. Dentro do museu é possível visitar também sítios arqueológicos e o único remanescente do antigo templo do rei Davi.

Acredita-se que nesse local fosse o Palácio Real de Davi, citado na Bíblia como um dos mais importantes reis de Israel.

Ingressos disponíveis online ou no local.

Jardim do Túmulo – O Jardim do Túmulo é um dos lugares mais significantes para cristãos do mundo todo. Muitos cristãos, principalmente os protestantes e evangélicos, acreditam que foi esse o local do sepultamento e ressurreição de Jesus.

O túmulo foi descoberto em 1867, perto da Porta de Damasco, Cidade Antiga de Jerusalém.  Infelizmente, sua entrada foi danificada, possivelmente por um terremoto e depois reparada com blocos de pedra. Os terrenos do jardim foram adquiridos em 1894 pela Associação The Garden Tomb (Jerusalém) Association. O site é mantido por voluntários que vêm de todo o mundo e se juntam a uma equipe de palestinos e israelenses locais.

Pessoalmente, o Jardim do Túmulo tem importância dupla pra mim como cristã e por ter sido o local onde fui pedida em casamento. O pedido de casamento aconteceu exatamente na frente do túmulo em um dia lindo de sol. Nesse dia, o local, que costuma receber centenas de turistas todos os dias, estava praticamente vazio. Apenas um grupo de cristãos asiáticos estavam reunidos em uma parte adjacente do jardim, cantando um hino que conheço desde criança. E foi esse louvor que embalou o momento especial do pedido de casamento :).

É razoavelmente comum encontrarmos pequenos grupos cristãos de outros países reunidos no Jardim do Túmulo com louvores e às vezes uma breve pregação. Esses costumam ser grupos de caravanas e excursões, mas o local é aberto a todos, individuais ou grupos.

A entrada é gratuita e o local aberto para visitar de segunda à sábado das 8h30 às 17h30.

Jardim do Getsêmani – Um pouco afastado das principais atrações históricas e turísticas da cidade, o Jardim do Getsêmani fica situado ao pé do Monte das Oliveiras, em Jerusalém. Identificado, segundo o Evangelho de João, como o local onde Cristo foi com seus discípulos na véspera da Última Ceia para orar antes de sua prisão e subsequente crucificação.

O Jardim em si é pequeno e cheio de oliveiras, uma das árvores mais comuns em Israel. Na frente do jardim fica a Basílica da Agonia, construída em 1919 como um projeto de basílica bizantina.

 

Mercado na Cidade Velha – Uma das atividades mais legais, dependendo do seu gosto, é passear pelo mercado na Cidade Velha de Jerusalém. Dependendo do horário, é um tumulto maluco de gente passando por toda a parte, feirantes anunciando seus produtos, clientes tentando barganhar, guias turisticos com seus grupos explicando a história e cultura local, crianças brincando, e por ai vai.

Aproveite a feira para saborear alguns dos doces e temperos típicos de Israel e da culinária árabe. O famoso knafeh, por exemplo, um doce muito comum no oriente médio, é uma delicia!

Apesar de ter sinalização por toda a parte, é fácil se perder pelas ruelas do mercado da Cidade Velha, mas todos os caminhos levam a algum lugar, então, não se desespere e tente procurar pelas placas de sinalização ou pergunte a alguém como chegar ao local desejado.

Uma das coisas mais bacanas do mercado é observar árabes, judeus e cristãos coexistindo num mesmo lugar. Acho fascinante e gosto de me sentir parte dessa coexistência que poucos conhecem ou acreditram quando se fala em Israel.

Torre de Davi – Localizada logo na entrada do portao de Jaffa, na citadela de Jerusalém, a Torre de Davi abriga o Museu Torre de Davi. O local concentra uma coleçao de objetos históricos e vestígios arqueológicos de grande valor e ainda oferece uma vista de tirar o fôlego. Muitos turistas visitam o local simplesmente pela vista privilegiada do alto da Torre.

O Museu Torre de Davi cobre 4000 anos de história da Cidade Santa – uma volta ao passado!

Ps: Muita gente confunde a Cidade de Davi com a Torre de Davi, mas são atrações diferentes.

Museu Friends of Zion – Esse museu é super interativo e dinâmico. A visita é feita com um guia do próprio museu e dura entre 1h30 e 2horas no máximo.

As exposições contam a história de Israel e das pessoas que ajudaram o país ao longo dos anos, desde a história de Abraão, passando pela Segunda Guerra Mundial até o estabelecimento de Israel em 1948.

Eu acho esse museu incrível e sempre recomendo pra todos os meus amigos!

O tour está disponível em 16 idiomas.

Museu do Holocausto Yad Vashem – Esse museu é imperdível pra quem quiser conhecer melhor a história do povo judeu, do holocausto ao século XXI, com testemunhos de sobreviventes e bens pessoais.

O Museu de História do Holocausto ocupa mais de 4.200 metros quadrados, principalmente no subsolol, então, o ideal seria tirar ao menos umas 3 horas pra visitar o local por completo.

No final da narrativa histórica do Museu está o Hall of Names – um repositório de testemunho de milhões de vítimas do Holocausto. Emocionante! Do Hall of Names, os visitantes seguem para o epílogo e, de lá, para a varanda que se abre para uma vista panorâmica de Jerusalém.

Na minha opnião, todos deveriam visitar o Yad Vashem. É um aprendizado e uma oportunidade única de entender com mais profundidade os eventos que marcaram o período do holoausto sob uma perspectiva judaica.

Museu de Israel – O museu mais completo que conheci em Israel. De fato, o Museu de Israel é a maior instituição cultural do Estado de Israel e está classificado entre os principais museus de arte e arqueologia do mundo. Fundado em 1965, o local abriga coleções enciclopédicas, incluindo obras que datam da pré-história até os dias de hoje, em suas alas de Arqueologia, Belas Artes e Arte e Vida Judaica, e apresenta os mais extensos acervos de arqueologia bíblica e da Terra Santa do mundo. O Museu possui uma coleção abrangente de quase 500.000 objetos, realmente impressionante!

No local está também o Shrine of the Book (Santuário do Livro), que abriga os manuscritos do Mar Morto e os manuscritos bíblicos mais antigos do mundo.

Aconselho tirar no mínimo uma manhã ou tarde inteira para desfrutar de tudo que esse museu oferece.

Dica bônus: Hospício Austríaco – Nem todos sabem, mas o antigo Hospício Austríaco oferece uma das vistas mais panorâmicas de Jerusalém. Com apenas 5 shekels, visitantes podem subir no último andar do edifício e aproveitar a vista do alto.

O local dispõe de um café/restaurante com um pequeno jardim no térreo e também oferece hospedagem a partir de 100 euros a noite.

O antigo Hospício Austríaco, localizado na Cidade Velha de Jerusalém perto de portão de Damascus, foi fundado em 1854 como uma fundação eclesiástica pelo então Arcebispo de Viena, a quem a instituição pertence ainda hoje.

Depois de quase dois anos, finalmente decidi escrever sobre minha viagem à Barcelona. Demorei todo esse tempo pra compartilhar minha experiência numa das cidades mais badaladas da Espanha, por que, por algum motivo, Barcelona não me encantou. Meus amigos disseram que a capital da Catalunha era um sonho, então, com expectativas altíssimas, imaginei encontrar um lugar quase mágico de tão perfeito.

Barcelona possui uma história milenar e é a capital da comunidade autônoma da Catalunha. Com uma população de quase 1,7 milhões de habitantes, é a segunda cidade mais populosa da Espanha.

Cheguei no final de julho de 2021. Durante os quatro dias na cidade, tive a oportunidade de visitar várias atrações turísticas e visitei também a região da Costa Brava, na fronteira com a França (clique aqui para ver o post sobre esse passeio inesquecível na Costa Brava).

No primeiro dia, caminhei pela Passeig de Gràcia, uma das ruas mais importantes de Barcelona, onde podemos encontrar lojas das marcas mais prestigiosas do mundo da moda como Chanel e Dolce Gabbana. Nessa mesma rua, esta localizada a famosa Casa Milá e Batlló, uma das casas construídas e/ou reformadas por Antoni Gaudí e outros arquitetos. A Casa Milà, conhecida também como La Pedrera, é a última obra civil de Antoni Gaudí, que começou em 1906 e foi concluída em 1912.

Fiz uma breve parada para o almoço e seguindo recomendações de um amigo local, almocei no restaurante El Nacional, e amei a experiência gastronômica que o restaurante oferece. Super recomendo! Além de ser lindo por dentro e por fora, o El Nacional é um espaço gastronômico que inclui 4 restaurantes e 4 bares dentro do mesmo espaço. Encontramos um restaurante de carne, de peixes, de tapas e um restaurante de delicatessen. Quatro espaços distintos que são complementados por 4 bares especializados em cervejas e conservas, vinhos e frios, ostras e coquetéis. Minha escolha foi o restaurante de tapas, mas fiquei com vontade de provar os outros também.

Após o almoço, fui conhecer o Parque Güell, localizado na parte superior da cidade de Barcelona, na encosta sul do Monte Carmelo. O Parque foi projetado pelo arquiteto Antoni Gaudí, o maior expoente do Modernismo catalão, e encomendado pelo empresário Eusebi Güell.

O parque é dividido em duas partes: zona Monumental e zona Woodland. A zona monumental compreende 12 hectares é a principal atração do Parque Guell. Esta área representa apenas cerca de 5% da área total do Parque Güell e foi declarada Patrimônio da Humanidade em 1984. A zona Woodland está espalhada por outros 8 hectares e representa cerca de 90% da área do parque. Construído entre 1900 e 1914, o Parque Güell foi inaugurado como um parque público em 1926.

Além dos vários jardins que embelezam o local, encontramos também o Museu Casa Gaudí, onde o arquiteto viveu de 1906 a 1925. O edifício foi projetado por Francesc d’Assis Berenguer i Mestres, amigo íntimo e braço direito do arquiteto. Em 1963, a casa foi aberta ao público como o Museu da Casa Gaudí. Uma boa oportunidade de conhecer um pouco mais da vida pessoal de artista. Infelizmente, quando visitei o Parque em 2021 o local estava fechado devido a pandemia.

Eu adorei conhecer o Parque Güell e recomendo pra todos que buscam uma atividade relaxante e em meio a natureza. Os jardins possuem trilhas para caminhadas e a vista do alto é incrível.

Nos dia seguinte, visitei a Igreja da Sagrada Familia, um dos monumentos mais importantes da Espanha. Amei o conjunto de cores que se formam e refletem através dos vidros coloridos da igreja. Inicialmente, a Igreja foi um projeto de Francisco de Paula del Villar em 1882. Diferenças técnicas sobre o custo dos materiais, levaram Francisco a ser substituído por Gaudí, que assumiu o projeto em 1883 ate o dia da sua morte, em 1926. Varios outros arquitetos continuaram a construção da Igreja e as obras continuam até os dias de hoje. Em 2022, duas das quatro torres dos Evangelistas Lucas e Marcos foram concluídas, enquanto a torre de Jesus Cristo ganhou dois níveis, levando-a até o oitavo dos doze no total, ficando a 125,85 metros. Espera-se que as torres dos Evangelistas João e Mateus estejam prontas em 2023 e a torre central de Jesus, em 2026.

No terceiro dia, fui com os amigos para Tossa de Mar, na Costa Brava, e no último dia da viagem visitei algumas das praias de Barcelona. Gostei do ambiente dinâmico, leve e alegre das praias, mas a praia em si não me chamou atenção. No final da tarde e de noite, continuei explorando a cidade e conheci outros restaurantes. Bares e restaurantes estão espalhados por todas as partes da cidade e a vida noturna é bem agitada. As pessoas saem pra jantar umas 22h00/23h00 e é super normal. Essa hora, eu já estou me arrumando pra dormir, hahaha!

Voltei pra Bruxelas com a certeza de que Barcelona não é a cidade dos meus sonhos, mas feliz pela oportunidade de visitar tantas coisas bacanas na cidade.

 

Málaga é a segunda cidade mais populosa da Andaluzia e a sexta maior da Espanha com aproximadamente 600.000 habitantes. A cidade, situada na costa do Mediterrâneo, é cheia de atrativos históricos e culturais e dispōe de 16 praias ensolaradas a maior parte do ano (já posso mudar pra lá? haha). Málaga é também conhecida por ser a cidade natal de famosos como o pintor/escultor Pablo Picasso e o ator Antonio Banderas.

Nosso programa era explorar a cidade o máximo possível, mas também relaxar em meio à natureza. Tínhamos apenas o final de semana, então focamos no que mais nos interessava. Decidimos começar pelo centro histórico, onde está localizada a maior parte das atrações turísticas da cidade.

Alcazaba/Castelo de Gibralfaro: Uma das maiores fortalezas árabes da Andaluzia e um dos pontos turísticos mais importantes da cidade. Caminhamos por pouco mais de uma hora entre as ruínas e entre os jardins internos, absorvendo toda a riqueza histórica e cultural que o local oferece. O Castelo de Gibralfaro fica numa colina alta com vista panorâmica para a cidade e o porto de Málaga. Vale a pena a visita!

Teatro Romano: O Teatro Romano em Málaga é um dos símbolos vivos da Hispânia Romana na cidade. Situado ao pé da fortaleza Alcazaba, o Teatro ficou escondido no subsolo por vários séculos e foi descoberto em 1951, se tornando uma das grandes atrações da cidade.

Catedral de Málaga: Embora seja conhecida apenas como a ‘Catedral’, o nome completo do monumento é Nuestra Señora de la Encarnación (Nossa Senhora da Encarnação). O edifício é um dos grandes exemplos da arte religiosa espanhola e é realmente muito bonito tanto por fora quanto por dentro.

Pompidou Centre Málaga: Centro de arte e a primeira filial da instituição parisiense fora da França. Sua coleção permanente inclui mais de 80 obras de grandes artistas como Pablo Picasso, Magritte, Frida Khalo e Giacometti. Além da exposição permanente, o Pompidou Centre organiza exposições temporárias e atividades culturais como dança e performances artísticas.

Museu do Picasso e Museu Casa Natal Picasso: Ambos localizados no centro histórico de Málaga. Mais de 200 obras cobrem os diferentes estilos, materiais e técnicas utilizadas pelo artista. Há também exposições temporárias, assim como atividades educacionais e culturais.

Saindo um pouco de atividades culturais, uma excelente opção pra quem busca algo mais relaxante é passear pelas inúmeras praias da cidade, passando pelo calçadão portuário cheio de lojas e restaurantes, perfeito para uma caminhada ou um passeio ao pôr-do-sol até La Farola, um farol que é símbolo da cidade.

Nossa última parada antes de voltar para a Bélgica foi na La Malagueta, uma das praias mais famosas tanto para turistas quanto para moradores locais. Não entramos na água, mas sentamos na areia e aproveitamos o sol e a atmosfera tranquila que o mar proporciona.

Parque de Málaga: Outra boa opção de atividade em meio à natureza. O Parque fica entre o centro histórico e o calçadão que leva à praia. Ideal pra um passeio ao amanhecer ou no final da tarde.

Málaga é dinâmica com uma mistura de elementos modernos e clássicos, inúmeras opções de bares, restaurantes, atividades culturais e históricas, praias e parques. Eu gostei muito da cidade e gostaria de voltar qualquer dia com mais tempo. E você, já visitou Málaga? Qual foi a sua experiência?

O fim de ano normalmente nos proporciona momentos de alegria, confraternização e reflexão. Para alguns, é uma oportunidade de se reunir com a familia, amigos e entes queridos, para outros, é prioritariamente um momento de descanso ou de colocar os pensamento em ordem e planejar os próximos passos para o ano que se inicia. Existem também aqueles que, por diferentes motivos, não suportam as datas comemorativas de final de ano. Independentemente de como celebramos a data, quando o Ano Novo se aproxima, quase todos sentimos necessidade de começar o novo ano de forma diferente, de retomar projetos ou de iniciar um novo siclo com novos objetivos.

O final do ano nos traz a sensação de que estamos prestes a concluir um capítulo e começar outro, e muitas vezes essa sensação nos conforta e nos enche de esperança de que dessa vez vai dar certo. Mas sonhos não se realizam por si só. É preciso muita força de coragem, determinação, paciência e persistência. Aqui, eu gostaria de ressaltar a importância da paciência e da persistência. Com os anos, tenho aprendido que os dois são elementos fundamentais no processo de realização de sonhos. E o que quero dizer com isso? Não desanime se não conseguir alcançar objetivos nos próximos 12 meses. Continue persistindo e tentando todos os dias. Tenha paciência e continue persistindo. Olhe para trás e veja quanto estrada você já caminhou comparado há um ou dois anos atrás.

Sei que, muito provavelmente, muitas das minhas resoluções de fim de ano não se concretizarão em 2023, mas precisamos começar de algum lugar, ter objetivos claros e correr atrás pra concretizá-los.

Meu desejo é que 2023 seja um ano de conquistas, aprendizado, vitórias e alegrias na sua vida. E quando os desafios chegarem (infelizmente ninguém está livre de problemas), continue lutando com paciência e persistência. Ame e permita-se ser amado, mesmo que seja por você mesmo.

Feliz Natal e Feliz Ano Novo!

Raiani Sibien