Jerusalém é uma das minhas cidades preferidas por diferentes motivos e eu poderia passar dias falando sobre esse lugar tão especial e único no mundo. Há algum tempo, escrevi um post sobre minha experiência em Jerusalém, mas ainda não havia compartilhado sobre as várias atrações que o lugar oferece. E são muitas! Hoje vou citar 10 das minhas favoritas:
Muro das Lamentações – Sem dúvida meu lugar preferido em Jerusalém e umas das atrações mais importantes para turistas e locais. Estar de frente para o Muro das Lamentações é emocionante, uma sensação de paz e serenidade que é difícil colocar em palavras. Perdi as conta de quantas vezes visitei o local durante o período que morei em Israel, mas cada vez parece a primeira. Eu considero o Muro das Lamentações um lugar de entrega, onde me permito ser e estar, fechar os olhos e simplesmente sentir o ambiente me acolher com delicadeza e profundidade.
O Muro das Lamentações é o único remanescente do Segundo Templo de Jerusalém que permanece de pé (516 a.C. – 70 d.C.). O monumento é o símbolo mais importante de Jerusalém e é um dos lugares mais sagrados do judaismo. O Muro é também considerado de grande relevância espiritual para Cristãos do mundo todo.
Todos os dias centenas de judeus e turistas visitam o Muro para depositar seus desejos, colocando papéis com orações e pedidos entre as pedras que formam o Muro. Essa é uma tradição que começou há séculos atrás e que perpetua de geração em geração.
Existe uma cerca que separa as duas zonas de oração do muro: uma dedicada às mulheres e outra aos homens.
DICA: Durante o Shabat (do pôr-do-sol de sexta ao pôr-do-sol de sábado), não é permitido usar nenhum aparelho eletrônico, então, se a sua intenção for tirar foto ou fazer video, é melhor visitar o local durante a semana ou no domingo. O Shabat é dia sagrado para os judeus.
A visita ao Muro das Lamentações é gratuita e aberta a todos independente de religião.
Domo da Rocha – Essa impressionante cúpula dourada se tornou símbolo da história de Jerusalém e é um dos monumentos mais importantes da cidade. O Domo da Rocha, também conhecido como Cúpula da Rocha ou Mesquita de Umar, é o terceiro lugar sagrado do Islã depois de Meca e Medina. Nas duas vezes que estive no local, tive a impressão de que não muçulmanos não são muito bem vindos. Ainda assim, acho que vale a pena a visita.
O local é considerado sagrado também para judeus que acreditam ter sido o local onde Abraão estava prestes a sacrificar seu filho Isaque. Já os muçulmanos, acreditam que esse teria sido o local onde Abraão estava prestes a sacrificar Ismael, seu filho primogênito de origem árabe por parte de mãe.
O Domo fica situado no Monte do Templo (conhecido como Esplanada das Mesquitas), praticamente acima do Muro das Lamentações. Então, minha dica é visitar primeiro o Muro das Lamentações e em seguida subir até o Monte do Templo pra ver o Domo.
Muitas pessoas não têm permissão para entrar no templo, mas é possível visitar o local do Domo em alguns horários durante o dia. Veja abaixo:
De abril a setembro
De domingo a quinta-feira: das 8:30 às 10:30 e das 13:30 às 14:30 horas.
De outubro a março
De domingo a quinta-feira: das 7:30 às 10:30 e de 12:30 à 13:30 horas.
Sextas-feiras e sábados: fechado.
Se não conseguir visitar o local, aproveite ao menos a vista da cúpula durante o pôr-do-sol que é linda!!!
Túnel de Ezequias – O Túnel de Ezequias, também conhecido como Túnel de Siloé, é um túnel ou aqueduto escavado na rocha embaixo de Ofel, em Jerusalém, com 533 metros de longitude. Eu acho essa uma das atrações mais divertidas de fazer em Jerusalém e percebo que muitos turistas desconhecem ou excluem o Túnel de Ezequias do roteiro de viagem.
Historicamente falando, o túnel foi construído em 701 a.C., é considerado um dos túneis abertos mais antigos do mundo e descrito por peritos como uma das grandes proezas de engenharia da antiguidade. Realmente impressionante!
Visitar o Túnel de Ezequias é fazer um passeio subterrâneo pelo passado da Cidade Santa e conhecer de perto um pouco do que era a antiga Cidade de Davi. O passeio dura cerca de 40 minutos a 1h e é uma experiência única. A altura da água chega a cerca de 60 centímetros, mais ou menos a altura do joelho, então, aconselho vestir shorts ou uma vestimenta que você possa levantar ou dobrar pra não molhar. Não esqueça também de levar chinelos e uma lanterna pequena (ou utilize a lanterna do celular) pra iluminar o local.
O Túnel fica localizado a poucos minutos a pé do Muro das Lamentações, dentro do Museu Cidade de Davi. Dentro do museu é possível visitar também sítios arqueológicos e o único remanescente do antigo templo do rei Davi.
Acredita-se que nesse local fosse o Palácio Real de Davi, citado na Bíblia como um dos mais importantes reis de Israel.
Ingressos disponíveis online ou no local.
Jardim do Túmulo – O Jardim do Túmulo é um dos lugares mais significantes para cristãos do mundo todo. Muitos cristãos, principalmente os protestantes e evangélicos, acreditam que foi esse o local do sepultamento e ressurreição de Jesus.
O túmulo foi descoberto em 1867, perto da Porta de Damasco, Cidade Antiga de Jerusalém. Infelizmente, sua entrada foi danificada, possivelmente por um terremoto e depois reparada com blocos de pedra. Os terrenos do jardim foram adquiridos em 1894 pela Associação The Garden Tomb (Jerusalém) Association. O site é mantido por voluntários que vêm de todo o mundo e se juntam a uma equipe de palestinos e israelenses locais.
Pessoalmente, o Jardim do Túmulo tem importância dupla pra mim como cristã e por ter sido o local onde fui pedida em casamento. O pedido de casamento aconteceu exatamente na frente do túmulo em um dia lindo de sol. Nesse dia, o local, que costuma receber centenas de turistas todos os dias, estava praticamente vazio. Apenas um grupo de cristãos asiáticos estavam reunidos em uma parte adjacente do jardim, cantando um hino que conheço desde criança. E foi esse louvor que embalou o momento especial do pedido de casamento :).
É razoavelmente comum encontrarmos pequenos grupos cristãos de outros países reunidos no Jardim do Túmulo com louvores e às vezes uma breve pregação. Esses costumam ser grupos de caravanas e excursões, mas o local é aberto a todos, individuais ou grupos.
A entrada é gratuita e o local aberto para visitar de segunda à sábado das 8h30 às 17h30.
Jardim do Getsêmani – Um pouco afastado das principais atrações históricas e turísticas da cidade, o Jardim do Getsêmani fica situado ao pé do Monte das Oliveiras, em Jerusalém. Identificado, segundo o Evangelho de João, como o local onde Cristo foi com seus discípulos na véspera da Última Ceia para orar antes de sua prisão e subsequente crucificação.
O Jardim em si é pequeno e cheio de oliveiras, uma das árvores mais comuns em Israel. Na frente do jardim fica a Basílica da Agonia, construída em 1919 como um projeto de basílica bizantina.
Mercado na Cidade Velha – Uma das atividades mais legais, dependendo do seu gosto, é passear pelo mercado na Cidade Velha de Jerusalém. Dependendo do horário, é um tumulto maluco de gente passando por toda a parte, feirantes anunciando seus produtos, clientes tentando barganhar, guias turisticos com seus grupos explicando a história e cultura local, crianças brincando, e por ai vai.
Aproveite a feira para saborear alguns dos doces e temperos típicos de Israel e da culinária árabe. O famoso knafeh, por exemplo, um doce muito comum no oriente médio, é uma delicia!
Apesar de ter sinalização por toda a parte, é fácil se perder pelas ruelas do mercado da Cidade Velha, mas todos os caminhos levam a algum lugar, então, não se desespere e tente procurar pelas placas de sinalização ou pergunte a alguém como chegar ao local desejado.
Uma das coisas mais bacanas do mercado é observar árabes, judeus e cristãos coexistindo num mesmo lugar. Acho fascinante e gosto de me sentir parte dessa coexistência que poucos conhecem ou acreditram quando se fala em Israel.
Torre de Davi – Localizada logo na entrada do portao de Jaffa, na citadela de Jerusalém, a Torre de Davi abriga o Museu Torre de Davi. O local concentra uma coleçao de objetos históricos e vestígios arqueológicos de grande valor e ainda oferece uma vista de tirar o fôlego. Muitos turistas visitam o local simplesmente pela vista privilegiada do alto da Torre.
O Museu Torre de Davi cobre 4000 anos de história da Cidade Santa – uma volta ao passado!
Ps: Muita gente confunde a Cidade de Davi com a Torre de Davi, mas são atrações diferentes.
Museu Friends of Zion – Esse museu é super interativo e dinâmico. A visita é feita com um guia do próprio museu e dura entre 1h30 e 2horas no máximo.
As exposições contam a história de Israel e das pessoas que ajudaram o país ao longo dos anos, desde a história de Abraão, passando pela Segunda Guerra Mundial até o estabelecimento de Israel em 1948.
Eu acho esse museu incrível e sempre recomendo pra todos os meus amigos!
O tour está disponível em 16 idiomas.
Museu do Holocausto Yad Vashem – Esse museu é imperdível pra quem quiser conhecer melhor a história do povo judeu, do holocausto ao século XXI, com testemunhos de sobreviventes e bens pessoais.
O Museu de História do Holocausto ocupa mais de 4.200 metros quadrados, principalmente no subsolol, então, o ideal seria tirar ao menos umas 3 horas pra visitar o local por completo.
No final da narrativa histórica do Museu está o Hall of Names – um repositório de testemunho de milhões de vítimas do Holocausto. Emocionante! Do Hall of Names, os visitantes seguem para o epílogo e, de lá, para a varanda que se abre para uma vista panorâmica de Jerusalém.
Na minha opnião, todos deveriam visitar o Yad Vashem. É um aprendizado e uma oportunidade única de entender com mais profundidade os eventos que marcaram o período do holoausto sob uma perspectiva judaica.
Museu de Israel – O museu mais completo que conheci em Israel. De fato, o Museu de Israel é a maior instituição cultural do Estado de Israel e está classificado entre os principais museus de arte e arqueologia do mundo. Fundado em 1965, o local abriga coleções enciclopédicas, incluindo obras que datam da pré-história até os dias de hoje, em suas alas de Arqueologia, Belas Artes e Arte e Vida Judaica, e apresenta os mais extensos acervos de arqueologia bíblica e da Terra Santa do mundo. O Museu possui uma coleção abrangente de quase 500.000 objetos, realmente impressionante!
No local está também o Shrine of the Book (Santuário do Livro), que abriga os manuscritos do Mar Morto e os manuscritos bíblicos mais antigos do mundo.
Aconselho tirar no mínimo uma manhã ou tarde inteira para desfrutar de tudo que esse museu oferece.
Dica bônus: Hospício Austríaco – Nem todos sabem, mas o antigo Hospício Austríaco oferece uma das vistas mais panorâmicas de Jerusalém. Com apenas 5 shekels, visitantes podem subir no último andar do edifício e aproveitar a vista do alto.
O local dispõe de um café/restaurante com um pequeno jardim no térreo e também oferece hospedagem a partir de 100 euros a noite.
O antigo Hospício Austríaco, localizado na Cidade Velha de Jerusalém perto de portão de Damascus, foi fundado em 1854 como uma fundação eclesiástica pelo então Arcebispo de Viena, a quem a instituição pertence ainda hoje.


“E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o espírito da graça e de súplicas; olharão para aquele a quem traspassaram; pranteá-lo-ão como quem pranteia por um unigênito e chorarão por ele como se chora amargamente pelo primogênito. Naquele dia, será grande o pranto em Jerusalém, como o pranto de Hadade-Rimom, no vale de Megido.
Naquele dia, haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os habitantes de Jerusalém, para remover o pecado e a impureza.
O Senhor será Rei sobre toda a terra; naquele dia, um só será o Senhor, e um só será o seu nome.” (Profeta Zacarias 12:10,11; 13:1; 14:9)
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