RaianiSibien

Viagens, momentos e histórias pelo mundo afora.

Jerusalém é o lugar mais intrigante e fascinante que conheço e uma das cidades que mais marcou a minha vida.
Sempre tive uma curiosidade inexplicável pela Terra Santa e pelo povo judeu. Em 2016, o sonho de morar em Israel virou realidade e a curiosidade se transformou em amor.

Em Jerusalém tudo parece ser vivido e sentido de forma mais intensa. Tal intensidade, que às vezes me sugava as energias, me fazia sentir viva, cercada por um mundo ao qual não pertencia mas que de alguma forma compreendia e amava.

Mas o que me fascina nessa cidade tão disputada e venerada? Além do seu significado espiritual, Jerusalém me permite experimentar várias sensações simultaneamente, em uma mistura de antíteses que a torna única e envolvente. Para alguns, um lugar de paz, para outros, de guerra, de vitórias e de derrotas, de sorrisos e choros, de constantes e variáveis.
O que mais  aprecio na cidade são as tradições, os contrastes, as diferenças étnicas, religiosas e culturais, a coexistência que muitos desconhecem, sua riqueza histórica, sua espiritualidade intrínseca, sua beleza despretenciosa e imponente, e o que sinto quando estou ali. Uma vez, minha mãe me disse uma frase que nunca esqueci: “As pessoas podem até esquecer o que você disse mas jamais esquecerão de como você as fez sentir.” Com lugares também é assim; ou amamos e queremos voltar outras vezes ou não gostamos e nunca mais voltamos. Jerusalém me faz bem, me traz bons sentimentos e a vontade contínua de voltar.

Um dos aspectos mais interessantes, na minha opinião, é perceber que existe uma certa separação e divisão entre diferentes comunidades mas existe também uma tolerância entre árabes e judeus que a mídia não mostra. Essa coexistência me chamou a atenção desde a primeira vez que visitei Jerusalém. Em um mesmo lugar podemos encontrar judeus messiânicos, ortodoxos ou ateus, árabes cristãos e muçulmanos, drusos, católicos e evangélicos. E diferente do que muitos imaginam, essas pessoas convivem – ou ao menos se aturam – civilizadamente.

Com o tempo, criei um certo ritual e costumava repetir as mesmas coisas toda vez que estava na cidade. A principal delas era visitar o Muro das Lamentações, meu lugar preferido em Jerusalém. Aquele era meu momento de reflexão, de fechar os olhos e escutar o sussurro das orações, o silêncio da reverência, sentir o vento bater, observar as pessoas em suas demonstrações de fé, fazer meus agradecimentos e continuar contemplando o local por algum tempo. Esses momentos de quietude e reflexão me traziam uma paz singular!

É claro que cada um tem uma experiência diferente. Pra mim, a importância de Jerusalém vai além do seu valor histórico, das atrações turísticas ou das belezas que a cidade possa oferecer. Jerusalém representa a fé cristã e tem um grande significado espiritual não somente para nós cristãos mas também para judeus e muçulmanos.

Independente de religião, dogmas e crenças, Jerusalém é realmente um lugar interessante sob vários aspectos, por isso, não deixe de conhecer esse mundo intrigante e fascinante que conquistou meu coração para SEMPRE.

No próximo post darei dicas do que ver e fazer na cidade. Não perca!

Um comentário sobre “Um Amor Chamado Jerusalém

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